Festival GRLS comprova toda sua importância social com sua primeira edição memorável - Palco Pop
Cobertura, Música | Publicado por Anderson Júnior em 9 de março de 2020.
Festival GRLS comprova toda sua importância social com sua primeira edição memorável

Little Mix, IZA, Linn da Quebrada. Kylie Minogue, Gaby Amarantos e outras artistas formaram o lineup 100% feminino do festival.

GRLS, o mais novo festival brasileiro que pretendia reconhecer, valorizar, transformar e celebrar o papel das mulheres na cultura, cumpriu tudo e entregou mais.

Com curadoria da POPLOAD, em dois dias, o evento mesclou palestras, oficinas, rodas de conversa e muita música! Tudo feito, composto e estrelado por elas, mas destinado a todes*.

Divididos em dois dias (7 e 8 de março), o festival trouxe nomes como Little Mix, IZA, Kylie Minogue, Linn da Quebrada, Gaby Amarantos e outras para se apresentar nos palcos.

Além dos shows, ícones como Pitty, Fernanda Lima, Monja Coen e Jout Jout para comandarem talks incríveis com assuntos como empoderamento feminino, conexão corporal, política do cancelamento e outros.

No primeiro dia o público pode presenciar os shows de Linn Da Quebrada, Gaby Amarantos, Ludmilla e Kylie Minogue.

A primeira a se apresentar foi Linn Da Quebrada. Considerada uma das artistas mais relevantes da atual cena musical nacional, Linn é também ativista social pelos direitos civis da comunidade negra e LGBTQIA+.

Através de suas músicas e discursos, a cantora discutiu os desafios de uma “bicha, trans, preta e periférica”, como ela se define, em um país que tem uma das taxas de violência contra transsexuais mais altas do mundo.

Linn da Quebrada durante o Festival GRLS. Foto: @ihateflash

Logo em seguida Gaby Amarantos assume o palco com sua equipe formada inteira por mulheres. A cantora trouxe o grupo Turmalinas Negras para trazer toda a representatividade negra e o seu girl power para o palco.

Durante o show Gaby honrou o gênero musical que é raiz de sua música, mas também trouxe hits como “Bixinho”, da Duda Beat, “Open Bar”, da Pabllo Vittar e funks como “Tudo OK”.

Ludmilla, que substituiu a cantora Tierra Whack após um cancelamento por uma decisão pessoal, levou um show incrível para o público. Teve pop, pagode, funk, representatividade e MUITA coreografia.

“Aqui alguém tem hora marcada pra ir embora hoje?”, perguntou a cantora após apresentar seu hit “Verdinha!”, o público respondeu “Não”, e ouviu em seguida: “Que bom porque eu não tenho!”

Para fechar o primeiro dia Kylie Minogue, a atração mais aguardada da noite, trouxe várias trocas de figurino, todos os grandes hits, afinação, simpatia, elegância, coreografia e ambientação.

A cantora abriu a noite com “Love At First Time”, do clássico disco “Fever”, enquanto o palco super colorido ia ganhando novas formas e tons. Seguiu com “WOW” e “On a Night Like This”, usando uma jaqueta brilhando escrito Brasil nas costas.

“Pareceu uma eternidade!”, disse em relação à espera de 12 anos pra voltar. “Parecia que todo dia eu sentia uma vontade enorme de estar aqui e por isso adicionei algo especial”, comentou sobre a jaqueta.

O dia não poderia ter acabado melhor!

Já no segundo dia, além de talks incríveis, o lineup era composto por Mulamba, Mc Tha, Iza e Little Mix.

Os maiores destaques do segundo dia, que começou debaixo de chuva e com o evento sob risco de uma tempestade de raios, com certeza foram as mensagens sociais que cada show passou.

As meninas do Mulamba iniciaram a apresentação com um vídeo mostrando como o governo brasileiro atual não se preocupa com a causa ambiental e a Amazônia. Falas do presidente da República, Jair Bolsonaro, eram intercaladas com vídeos de tribos indígenas clamando justiça por suas terras, bem como vítimas de deslizamentos.

Foto: @ihateflash

Em seguida tivemos Mc Tha com seu Rito de Passá, álbum de estreia com 10 faixas – todas 100% compostas pela cantora. É um trabalho inspirador, que nos ensina que as mulheres podem tomar todas as rédeas que quiserem e dominar seus projetos com suas letras.

Iza é dona de si, IZA é dona de mim, IZA é dona do mundo. É claro que ela não poderia ficar de fora desse lineup feminino incrível! A cantora emplaca hit atrás de hit e é um ícone de expressão para garotas negras: um impacto imensurável na vida de muita gente.

E claro, não foi diferente no palco do festival. Mesmo embaixo de MUITA chuva, IZA não deixou seu público desanimar nem por um segundo. Levando seus maiores hits como “Brisa”, “Pesadão”, “Ginga”, “Evapora” e outros, a cantora fez o Festival GRLS tremer levando o público a loucura!

O girlgroup Little Mix foi o responsável por fechar com chave de ouro a primeira edição do Festival GRLS. Para iniciar os trabalhos, as britânicas abriram a apresentação com “Salute”.

Para variar um pouco, o público ficou louco! Afinal, esta foi a primeira vez que o grupo veio ao Brasil, realizando um pedido de anos. “Finalmente estamos aqui! Após oito anos, estamos aqui”, disse uma das garotas.

É inevitável reconhecer a tamanha importância social deste festival para o Brasil. Inspiração, reflexão, transformação e ação foram os ideais que estiveram nos 2 dias de festa.

O diálogo é uma das ferramentas mais poderosas de promover mudanças e ampliar vozes e o GRLS conseguiu fazer o público vivenciar essas transformações.

Nós já estamos ansiosos pela próxima edição.

One Comment

  1. Iza conta em entrevista que estava exausta de tentar se adaptar aos padrões de beleza - Palco Pop
    mar 09, 2020 @ 17:08:11

    […] que foi uma das atrações do Festival GRLS que aconteceu no último domingo (08) em São Paulo, relatou em entrevista à Marie Claire que se […]

    Reply

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