Festival realiza edição histórica na Esplanada do Mineirão, resgatando a essência dos festivais de serem espaços de música e resistência.

No último sábado (08), a oitava edição do Festival S.E.N.S.A.C.I.O.N.A.L! agitou a Esplanada do Mineirão levando mais mais de 20 mil pessoas ao evento. Depois do hiato de um ano, o festival abriu o pré-carnaval de Belo Horizonte com uma festa colorida, plena e diversa.

No aniversário de 10 anos, o S.E.N.S.A.C.I.O.N.A.L! trouxe uma reflexão. “Em tempos em que a mentira ganha cada vez mais espaço, ainda é preciso dizer o óbvio?“.

Proporcionando um ambiente de trocas e de respeito às diferenças, o festival mostrou que é possível levar amor e resistência ao povo através da música. Entre os momentos de destaque, estão os shows com parcerias, como Emicida e Pabllo Vittar ou Duda Beat e Gaby Amarantos.

Os shows que deram início ao evento foi o da Nação Zumbi, que fez o público pular de um lado da Esplanada, e do Bloco do Sargento Pìmenta, que carnavalizou o outro lado da plateia.

A banda, que participou ativamente do reflorescimento do carnaval de rua de BH, preparou um show com versões carnavalescas de suas canções.

A apresentação ainda contou com a participação das bandas de dois dos maiores blocos da cidade, Chama o Síndico e Então, Brilha!

Pra quem achou que a chuva intensa, que tem sido motivo de preocupação na capital mineira, iria ser capaz de desanimar as pessoas, se enganou. Mesmo na tempestade, o público seguiu dançando no palco Chacoalha ao som da Pequena Morte. O espaço coberto por tendas ficou lotado. O clima de folia continuava nos camarins. Daniel Ruhm, integrante da banda Biltre, tocou um pífano, pequena flauta de bambu, no backstage do Palco Budweiser.

O pôr-do-sol chegou trazendo surpresas, essas que começaram no show da Biltre em parceria com a Letrux. No encontro mais teatral do festival, com o público cantando várias músicas, a performance não deixou ninguém parado.

Em sequência, o ícone Pabllo Vittar, depois de participar do emocionante show do Emicida – o primeiro do disco AmarElo em Belo Horizonte -, atravessou a Esplanada para cantar com Duda Beat. A pernambucana, que já havia feito o público vibrar junto com Gaby Amarantos, fez todo mundo ir à loucura no Palco Zuur Gin. 

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Os momentos de parceria foram o grande trunfo do festival S.E.N.S.A.C.I.O.N.A.L!. Onze foram divulgados, como o show da Liniker e os Caramelows com Johnny Hooker, que terminaram de cantar Flutua com um beijo e um grito de resistência que vem da própria canção: “ninguém vai poder nos dizer como amar!”. Além das parcerias nos palcos, o festival proporcionou trocas em outros espaços. 

Letrux e Biltre foram assistir o show de Duda Beat com Gaby Amarantos. Chico César saiu dos palcos para curtir a apresentação do Baianasystem.

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Já MC Tha ficou até mais tarde para ver Elba Ramalho, que surpreendeu o público com interpretações de canções de artistas como Banda Eva e Nação Zumbi. O convidado Chico César ainda chegou ao final para proclamar “fogo nos fascistas”- a mensagem que representa o festival.

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No Palco Budweiser, a noite terminou com o catártico show do Baianasystem. Russo Passapusso foi às suas redes sociais e agradeceu emocionado à equipe de Libras, que interpretou as músicas dos shows sempre cheia de energia.

Enquanto isso, a Masterplano ainda deixava os amantes da música eletrônica em êxtase em um outro canto da Esplanada, o Jovem Prince do trap Delatorvi finalizava o Palco Chacoalha e a fanfarra Sagrada Profana encerrava seu desfile em outro espaço do festival. 

O público presente não poupou elogios à estrutura do evento e encheu as redes sociais de comentários positivos pelo ambiente limpo e agradável, a quantidade de banheiros e a ausência de filas nos bares e food trucks do evento. 

Nestes 10 anos de história, o S.E.N.S.A.C.I.O.N.A.L! passou de um festival que começou timidamente fazendo evento para mil pessoas embaixo do Viaduto Santa Tereza para se transformar em um dos grandes festivais do Brasil, realizando uma edição com 40 atrações, e deixando público, equipe e artistas ansiosos pela próxima.