Bem vindos à K-Review, coluna quinzenal em que vamos analisar os álbuns que mais gostamos na cena musical coreana, assim como descrever nossas experiências em shows e eventos de K-Pop em geral. E já começamos com um evento super interessante que aconteceu por aqui esse mês.
Se você ainda não conhece o boy group MVP, precisa conhecer. Formado pela PH Entertainment, o grupo de sete garotos estreou no mercado musical sul-coreano em 13 de março de 2017, com o mini álbum ‘Manifest’. Sua faixa título, ‘Take It’, possui um MV (music video) com cerca de 1 milhão de visualizações, e une uma música viciante com uma coreografia poderosa e o restante do álbum não fica para trás em mostrar o talento desses garotos como cantores e rappers.
Vindo pela primeira vez à América do Sul desde a sua estreia, o MVP realizou uma tour pelo Brasil e Paraguai durante o mês de março, com datas em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Recife, São Paulo e Assunção. Enquanto São Paulo, Recife e Assunção receberam o grupo para um fanmeeting (show especial com apresentações musicais, brincadeiras e interações com os fãs) e fansign (sessão de autógrafos com os membros do grupo), as demais cidades tiveram apenas o fansign, como foi o caso de Belo Horizonte, primeira parada da turnê, em 06 de março, ao qual tive oportunidade de comparecer.
Para quem não sabe, o fansign é um tipo de evento muito comum no mundo do k-pop, em que os fãs do grupo aguardam em um auditório pela sua vez de passar na mesa em que todos os integrantes permanecem sentados, autografando material oficial (seja o álbum ou um poster fornecido pela empresa que organiza o evento), ao mesmo tempo em que conversam brevemente com os fãs, recebem presentes, e interagem com aqueles que aguardam sentados, que se ocupam tirando fotos e filmando seus ídolos. É uma das experiências em que se tem um contato mais próximo com os integrantes do grupo, tornando o momento muito especial para qualquer fã.
Então vamos ao fansign em si. Aqui em Belo Horizonte foram realizadas duas sessões, uma às 16h e outra às 18h, que foi a que eu compareci. O local do evento foi um pequeno auditório de um hotel na zona sul, bem localizado, com cadeiras confortáveis, mas que precisava de uma climatização um pouco melhor para o verão da cidade. Se eu fiquei desconfortável com o calor do local, imagino como ficaram os membros do grupo, que acabaram de chegar do inverno da Coréia do Sul, em que as temperaturas atingem números negativos.
A organização do evento, realizada pela empresa K-Experience, teve alguns percalços, com um atraso de 30 minutos na sessão de 18h, pois a primeira sessão também havia atrasado. Por causa desse atraso, um dos “benefícios” divulgados pela empresa para o evento, que seria o de fazer perguntas aos membros através de um post it afixado ao material do autógrafo, prática comum em fansigns coreanos, precisou ser alterado. Ao invés de poder entregar um post it para cada membros, pudemos fazer as perguntas apenas para dois deles, a nossa escolha. Depois de me preparar exaustivamente escrevendo sete perguntas em coreano, idioma que não domino, foi um pouco decepcionante ter que escolher apenas dois membros para responder. Mas fora isso, a organização seguiu sem maiores problemas, com todos os staffs sendo muito educados, mesmo quando nos pediam para andar mais rápido durante os autógrafos ou para reduzir os gritos (sim, os gritos são constantes durante um fansign, e ALTOS).
Outro ponto positivo para a organização foi a comercialização do álbum do grupo na hora. Essa venda foi ofertada durante a compra do ingresso, mas como eu ainda não sabia se poderia mesmo ir, não comprei na época, então foi muito bom ter essa opção na hora. Não sei quais métodos de pagamento estavam sendo aceitos, pois paguei em dinheiro, mas acho que aceitaram cartão de débito e crédito também. Além disso, o pôster fornecido pela empresa, para quem não tinha o álbum para ser autografado, tinha uma boa qualidade, com uma ótima foto do grupo, e tamanho A4. Mesmo quem tinha o álbum também ganhou o pôster, mas apenas um item poderia ser autografado por pessoa.
Depois do pequeno atraso e muita ansiedade, os meninos finalmente entraram no auditório, cumprimentando a todos com muitos sorrisos e corações feitos com as mãos, acompanhados de uma tradutora, Natalia Pak, que auxiliou na comunicação durante todo o evento, realizando as traduções coreano-português e vice-versa. Ela inclusive conferiu minhas duas perguntas nos post it de forma bem gentil, quando pedi (e ainda bem, estavam escritas corretamente).
Os membros do grupo estavam sentados na seguinte ordem: Kanghan, líder e vocalista; Jin, vocalista e irmão mais velho entre os gêmeos do grupo (SIM, gêmeos!); Rayoon, rapper; Sion, vocalista e maknae (membro mais novo do grupo); PK, rapper e dançarino principal; Been, vocalista e irmão mais novo dos gêmeos; e Gitaek, vocalista principal do MVP. Todos foram extremamente simpáticos e arriscavam as palavras básicas em português (oi, te amo, obrigado), além de tentarem se comunicar em inglês com quem perguntava algo nessa língua, mesmo que eles não saibam realmente falar. Em último caso, a tradutora auxiliava quando alguma fã, ou mesmo algum dos membros, a chamava. No meu caso, a comunicação foi toda em inglês bem pausado, mímica e sorrisos.
Com o Kanghan, cujas fotos não fazem juz à beleza, após um high five animado, comecei falando meu nome, que também estava escrito num post it, junto com a palavra coreana “누나 (noona)”, que é a forma como homens devem se referir a garotas mais velhas na Coréia do Sul.. Ele olhou para a palavra e sorriu, me perguntando “noona?” e eu disse que era 5 anos mais velha que ele e que era muito velha, ao que ele riu e disse “no no, young (não não, jovem)”. Com todos eles a conversa foi uma variação desse diálogo, mais elogios quanto à beleza e talento, da minha parte, e eles agradecendo em vários idiomas. O Jin foi extremamente fofo, tão sorridente que eu fiquei ainda mais nervosa e tremendo, mal conseguindo passar as páginas do álbum para autografar.
Com o Rayoon, que tem várias tatuagens (assim como Kanghan, mas eu estava muito nervosa no começo para lembrar disso), eu também disse que amava tatuagens, mostrei algumas que eram visíveis e falei que tinha nove. Ele parou um momento para contar (de forma muito fofa!) e disse que tinha oito. Para ele também fiz uma pergunta em um post it, que foi “qual o seu livro favorito”, já que temos essa paixão em comum, e a resposta foi em coreano, seguido de “korea book” escrito em nosso alfabeto e reforçado por ele. Eu disse que iria procurar conhecer (e eu procurei, mas realmente o livro só existe em coreano, então quem sabe no futuro não é).
Para o próximo integrante, Sion, que é o meu bias (o favorito no grupo), também fiz uma pergunta em post it “Sou muito boa cozinhando. O que você gostaria que eu cozinhasse para você?” (a gente tem que descobrir as coisas importantes, não é mesmo? rsrs). Ele respondeu em coreano e eu procurei depois (a letra era bonitinha, ainda bem, porque com o Rayoon foi difícil entender) e ele gostaria que eu fizesse “삼겹살 (samgyopsal)”, que é um prato a base de barriga de porco grelhada, muito comum na Coréia do Sul. Enquanto passava dele para o PK, próximo membro na mesa, ele falou “obrigado”, mas soou muito parecido com “arigatou”, obrigado em japonês, o que foi notado pelo PK, e nós três rimos e comentamos sobre isso (amiga que fala né).
O PK foi muito fofo também, e fez cara de espanto quando eu falei minha idade. Nessa hora o staff me falou (mais uma vez) para dar uma apressada, então as conversas realmente ficaram no básico. Com o Been, após ele desenhar um “bean (feijão)” no meu autógrafo, que é uma marca dele, e eu falar “cuteee (fofo)” e ele completar com um “it’s me! (sou eu)”, tentei ensinar para ele que a palavra em português era “feijão”, mas acho que ele não entendeu muito bem rsrs. O Gitaek, lindo com o cabelo laranja super vivo, foi muito fofo, agradeceu várias vezes, me ajudou a achar a página do álbum que eu tinha marcado para ele autografar e me deu o sorriso mais lindo, pra eu sair da mesa tremendo mais do que quando começou.
Após autografarem para todos os presentes, os membros fizeram alguns comentários finais, que foram traduzidos pela Natalia, que incluíram vários agradecimentos e comentários de como os “Victorys”, nome do fandom do MVP, brasileiros são calorosos e apaixonados (nenhuma novidade para a gente né). Durante as “pausas” entre um autógrafo e outro, todos sempre interagiam com os fãs que aguardavam, e também entre eles, causando explosões de risos, fofura e gritos em todos os Victorys presentes. No final eles se posicionaram na frente dos fãs para tirarmos uma foto em grupo e se despediram em meio a fãs apaixonados e chorosos.
Enfim, para todos que um dia tiverem oportunidade, não deixem de participar de um fansign dos seus ídolos. É uma experiência única e mágica, daquelas que você leva para a vida toda. E eu espero que todos possam viver isso um dia.
Até o próximo!
blackhatlinks.com
fev 05, 2021 @ 23:37:15
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